segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

É hora de dizer tchau



Demorei para, enfim, conseguir dizer adeus a 2012. Ainda estou com medo do ano que está por vir, mas não adianta se esconder no buraco. A cabeça tem que estar erguida para enfrentar os dragões e presentes que estarão por vir. No todo, a data do apocalipse me fez bem, só bem. Ainda não soltei algumas amarras, mas termino hoje, dia 31, de coração cheio. Agora sou jornalista formada, trabalhei muito, vivi coisas que sempre tive vontade, fui feliz, completa. Faltou viagens, algumas ousadias, umas pitadas de sal e até força. Mas percebi que não adianta confiar em meios alheios. Se temos um sonho, só nós podemos decidir se queremos ou não realizá-lo. E é assim que entro nesse ano novo: um sonho no coração e muita vontade de batalhar por ele.

Surpreenda-me.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

despedida

Hoje, na hora da despedida, percebi que não estou preparada para tchau para alguém. E acho que ninguém está. Aquelas frases batidas "A gente se fala, a gente se vê, combina alguma coisa..." se perdem na correria do dia a dia e aí você percebe que o ano passou e nada. Quero um dia me despedir também, mas, por enquanto, sigo chorando a falta que as pessoas irão me fazer.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Simplesmente

Imagine alguém feliz. Alguém feliz e igualmente perdida. Alguém que quer conquistar o mundo, mas ainda luta para entregar o Tcc e escolher as joias da formatura. Pense em alguém que está ansiosa para sábado chegar. Que quer tudo que merece, tudo que pode.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Asas

"Eu te amo. Mas sou livre. Coloco meu fundo de tela preferido, uso a roupa que fica melhor em meu corpo, respondo SMS quando bem entender. Eu te amo. Gosto de estar na cama com você, dançar e beijar sua boca enquanto curtimos uma balada, deitar no seu colo e chorar de tristeza. Mas se estou com meus pensamentos, me deixa. Sou livre. Pode perguntar, mas se eu disser não, desiste. Não vou te falar o porquê da minha insônia, nem o motivo que insiste em atacar minha gastrite. Não pense em alguém indivualista, não é isso. Divido meus passos, faço planos. Mas sou eu, só eu. Inteira, nada de metades. Gosto de me sentir completa sem você. Gosto de respirar, deitar na frente da TV, dormir de domingo a tarde sem ter hora pra acordar. Me viro bem. Mas te amo. Irremediavelmente, loucamente, ardentemente, em toda liberdade que me cerca."

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Queira saber de mim, assim

Se você me perguntar como ando, logo vou dizendo que muito bem. Porém, cinco segundos depois, já vou recitar minhas dificuldades com o tcc, dúvidas em relação ao futuro, ansiedade para formatura. Vou falar um montão de coisas, sobre de ferro, convergência midiática, curso abril. Vou abrir meu coração, para só então, a conversa prosseguir. Ando carente, com vontade de alguém que escute minhas divagações sobre Daniel Piza, alguém que opine no jornalismo gastronômico, que aja com naturalidade quando eu falo de Jenkis. Horário de verão vem aí, sapatear na minha cara, me mostrando que o relógio tá andando, com um tic e tac apressado, sem parar.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Gritaria

Às vezes a gente finge que é cego, que é surdo, que é mudo. Às vezes a gente tenta fingir, até onde dá. Às vezes, você percebe que não dá mais. E aí se desespera. A sujeira precisa ser limpa ou esquecida de vez. Quando você joga as coisas debaixo do tapete é pior. Você sabe que o pó está ali. Mal pode tocar, que a carrega o ambiente.

Tantos erros, porque?

quarta-feira, 20 de junho de 2012

AO AVESSO

Uma das prateleiras da sala de Leitura Jardim Secreto, um dos últimos projetos da faculdade


Há quatros anos coloquei a blusa ao avesso, claro. Acabamento e costura à mostra. Nesse tempo, fui tirando devagar, acertando o passo, desvirando o que estava errado, descobrindo o que, de fato, era a faculdade que eu tinha escolhido com tanta certeza. Acho que a decisão firme era só para parecer madura, decidida. Dentro de mim, sabia que tudo era um desafio muito louco. Que jornalismo era só uma das possibilidades.

Hoje, a um passo da formatura, consigo me ver melhor. Rebomino o filme e dou risada da minha inocência de antes. E sei que daqui um tempo, vou dar risada da minha inocência de agora. Mas, entre tudo e tantos, a resposta é a mais positiva possível. Para quem queria ser jornalista porque gostava de escrever, o clichê de sempre, saio com cabeça erguida, sensação de dever cumprido. E o melhor, experiência para encher a boca.  

Não, não. Ainda não acabou. Vou vir aqui chorar mais um pouco em dezembro. O TCC está aí. Piscando para mim, me querendo. No momento, só dei tchau as disciplinas técnicas, me despedi das horas de edição sem almoço, dos trabalhos intermináveis com recuo de 4 cm à esquerda.

Piadinhas a parte, gosto do que escolhi. Muito.
Não mudaria de rumo. Não, não e não.

Hoje, última apresentação. Só sorrisos e satisfação

sábado, 24 de março de 2012

Seguindo na sequência bem clichê


Sensação de que tudo desse ano está se passando pela última vez. As cenas finais do filme. E que filme: Tim Maia vem com tudo para um documentário de TV que promete sufoco e diversão. Câmeras a postos, é hora de trabalhar, criar e deixar as dormidinhas no sofá para  trás. Os amigos que vão e chegam, mostram que daqui pra frente as mudanças não vão parar mais. Planejo, escuto, vasculho tudo que posso, mas tem coisas que fogem do meu alcance, só cabem na consciência de cada um. Sentir a areia escapando pelas mãos não é fácil, mas segurar um punhadinho dela que é incrível. Contradições a parte, percebi que cada coisa tem seu tempo, a sua hora. Agradeço as conquistas e quero mais.