domingo, 12 de outubro de 2008

ex dia.

O dia amanheceu estranho, um sol timido no meio das nuvens, que mais tarde abriu nesse ceuzão azul. Minha vontade era mesmo não levantar. O conselho colocado em prática, de quando se tem um problema você dorme e quando acorda ele vai estar maior ou menor, não valia de nada. Tudo continuava do mesmo jeito. Queria era fechar os olhos, voltar pra qualquer lugar do meu subconsciente, e ficar lá zanzando. Na verdade queria tudo. Menos voltar pra essa dor.
O meu choro é convulsivo, espontanêo e digo que até mesmo involuntário. O maior dos sentimentos é o desespero. Mãos atadas. Corpo cansado. E mais dor. Muita dor.
Um domingo ensolarado inteiramente vazio. Um dia que já foi meu e não é mais.
Agora eu cresci e tenho que olhar de frente meus problemas e colher minhas decisões. De um dia que a felicidade maior era rasgar papel de embrulho, hoje eu só peço um sorriso.
A cabeça pesa, a razão some, e o coração paradoxialmente torna-se rigído e frágil.

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