sexta-feira, 14 de novembro de 2008

LOVE

No começo eram apenas dois conhecidos, a familia em comum apoiava e quem sabe um dia eles 'ficariam' e nada mais. Quem sabe...Seus olhos foram se encontrar um bom tempo depois, no banco de trás do carro, voltando de um show. Um deslize dela no meio da música, uma indireta subconsciente que serviu pra dar boas risadas e uma aproximação, nada mais.Alguns dias depois ela ligou pra dar os parabéns e quando desejou 'muito amor' não pensou que estaria tão logo incluida. Ele agradeceu e anotou o celular, talvez fosse interessente tê-lo marcado para o final de semana.Sabádo. Ligação. Mensagens. "Na verdade, eu queria muito sair com você." Friozinho na barriga. Sensação gostosa.A quanto tempo ela não sentia alguma coisa tão boa assim, ligou pra ele, pediu pra ir encontrá-la.Entre os "seu-pai-é-médico?", copos derrubados e ciuminho de outras na sala, ela escutou "POSSO?". E naquele momento ambos sabiam que estavam sentindo a mesma coisa. Podia ser só um gostar do beijo, uma atração forte, ou um sabádo diferente... mas não importava o que fosse, ambos sentiam.Cinco horas da manhã. "Não esquece de hoje tá?". "Impossivel esquecer". No outro dia teve mais, e depois mais, e no outro dia mais. Agora era mais do que uma atraçãozinha, o coração estava entrando na jogada.Ela tinha medo. Ele ia embora. Ela gostava dele. Ele a fazia sentir especial. Ela chorou quando ele foi. Ele disse eu te amo. Ela disse que amava mais.O pesadelo de estarem separados por um país, mar, e continente durou vinte dias. E quando puderam se abraçar, a felicidade era tão grande que não cabia em palavras.'Namora comigo?' E passou 1,2,3,4 meses... Ele e ela sabem que não foi fácil, os genios diferentes se chocaram várias vezes, mas no final de cada briga, tinha a mesma fala 'Não vamos conseguir ficar separados'.Eles se completavam e se amavam. Discordavam, mas se abraçavam logo depois. E nesse amor 'entendivél' só por Daniela e Bruno, houve de novo a dor de falar tchau. Aquela mesma separação por país, mar e continente. Agora é diferente, eles sabem o que construiram. Sabem o que cada um sente. Mas não é isso que faz ser mais fácil. Acordar e saber que eles não poderão ficar papeando no celular ou que vai chegar sete horas e ele não vai buscar ela em casa, é tão ou mais doído que a primeira vez. Mas do que namorados, se tornaram companheiros. Os problemas banais do dia-a-dia eram dissolvidos num abraço e num te amo. Faz um dia que ela está no Brasil sem ele. Ele ainda está dentro de um avião, pensando nela. As lágrimas já caem desesperadamente, e a vida está vazia. Falta metade de cada um pra tudo tomar sentido.Pra cada um a saudade tem uma cara diferente. Pra eles tem gosto de beijinhoebrigadeiro, cheiro de chuva, barriga gordinha e sorriso com covinhas.

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